Saiba como deve ser o tratamento de resíduo hospitalar

Apesar de muitas pessoas frequentarem hospitais diariamente, poucas sabem como é feito o tratamento de resíduo hospitalar, para onde ele vai depois de usado, qual o perigo que eles oferecem para o local em si, entre diversos outros problemas relacionados ao tema.

Pensando nisso, o texto de hoje irá abordar como deve ser o tratamento desse resíduo, mostrando todos os cuidados envolvidos com o lixo hospitalar, a importância de saber gerenciar de forma correta tais resíduos, entre outras curiosidades sobre o tema.

Independente do lugar do mundo onde esteja, os hospitais precisam ser bem limpos e bem gerenciados para que não ocorram mais doenças ou problemas para os pacientes e aqueles que lá trabalham, sendo o foco de muitas empresas de equipamentos hospitalares, as responsáveis por realizar e cuidar de tudo.

Esse é mais um motivo para que de tempos em tempos tais hospitais recebam visitas de fiscalização, afinal, além de ter de tomar contas das vidas e saúde das pessoas que lá estão internadas e fazendo consulta, ainda tem daquelas que comumente lá trabalham ou frequentam.

Dessa forma, os resíduos hospitalares não podem e nem devem ser descartados como lixo comum devido a sua alta taxa de contaminação aos objetos e pessoas que podem manuseá-lo, precisando de um lixo hospitalar descarte adequado para que ninguém acabe sofrendo ou se contaminando por falta de conhecimento.

Em outras palavras, dependendo da forma como o hospital gerencia os seus resíduos reflete diretamente na qualidade do mesmo, precisando ter tudo organizado e nos conformes de acordo com leis estaduais e federais.

Por isso, para ficar por dentro de tudo que acontece e entender mais a fundo como tais resíduos se comportam dentro das unidades, confira os tópicos a seguir, onde o assunto será melhor explorado, mostrando como lidar com produtos quimicos para limpeza hospitalar.

Resumo deste maravilhoso conteúdo

Realizando a separação

Agora que ficou mais claro como é importante saber lidar com o lixo e descartá-lo de maneira adequada, chegou o momento de entender como ele é separado e, de fato, como funciona o seu descarte, mostrando alguns passos necessários para o mesmo.

Toda vez que o lixo precisa ser organizado e separado, ele é dividido em algumas categorias:

  • Grupos definidos pelo nível de radiação;
  • Resíduos gerais;
  • Resíduos Infecciosos;
  • Resíduos especiais.

Independente se o hospital possui ou não um plano de segurança de produtos químicos, todos os resíduos hospitalares têm de ser devidamente separados e descartados segundo a norma 307 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Ela mesma possui um padrão para a separação que consiste nos que acabaram de ser acima mencionados, evitando que cada hospital faça a separação da maneira que achar mais correta, prejudicando um todo futuramente. 

Por isso, quanto mais padrões existirem, mais fácil será localizar e dar um fim adequado ao lixo.

Claro que é possível pedir ajuda de uma consultoria ambiental para empresas, sendo mais efetivo ao longo do processo, mas independente se o hospital conta com a ajuda de uma ou não, ainda é preciso seguir com as regras impostas pela ANVISA.

Os tipos de resíduos que primeiro iremos comentar são os resíduos especiais, que são aqueles compostos por materiais químicos, radioativos e farmacêuticos. É importante diferenciar esse grupo para que não acabem se infeccionando com outros.

Os resíduos gerais entendem-se como aqueles que vêm de áreas administrativas, como embalagens, resíduos alimentares ou até mesmo sucatas. Um programa de prevenção de riscos ambientais ppra também pode seguir o mesmo exemplo destes grupos.

Já os resíduos infecciosos são aqueles que precisam ser separados com mais cuidado ainda, contendo materiais como sangue humano, resíduos de tratamentos realizados com sondas, gazes, biópsias, entre outros materiais infecciosos.

Com isso, você entendeu como são separados os materiais, mas não como devem ser descartados. 

Ainda seguindo a norma 307 da ANVISA, esse descarte é realizado em grupos depois dos resíduos terem sido devidamente separados, tendo o mesmo cuidado que se tem com equipamentos de higiene hospitalar.

O grupo 1 diz que os materiais radioativos possuem um próprio regulamento de separação, toda especificada através do CNEM, ou seja, os hospitais são responsáveis por descartar os materiais da maneira adequada. 

Já os materiais farmacêuticos são os próprios fabricantes os responsáveis por descartá-los.

O grupo 2 reúne já os materiais destinados à reciclagem interna do próprio hospital. Em outras palavras, vidro, metal, papelão, papel e outros resíduos devem ser separados conforme a sua composição. 

Em outras palavras, é preciso um bom gerenciamento de resíduos hospitalares. Por fim, o grupo 3 reúne os materiais que podem agredir ou machucar de alguma forma outras pessoas, como materiais perfurocortantes. 

Eles devem ser embalados em caixas de papelão que já possuem essa finalidade. Porém, é um pouco diferente com os demais resíduos do mesmo grupo.

Eles devem ser colocados em sacos plásticos brancos, tendo a descrição no mesmo sobre qual material que está lá dentro. 

O descarte final deve ser uma coleta voltada para depósitos e aterro sanitário. Ou, o mais comum e muitas vezes indicado, que é a incineração.

Os cuidados necessários

Agora que já ficou mais claro como é realizada a classificação dos resíduos hospitalares, é necessário entender quais os cuidados devem ser tomados ao separar tais resíduos. De nada adianta separar tudo mas se contaminar no processo ou contaminar outras pessoas. 

Portanto, os tópicos abaixo irão abordar tais cuidados de forma que ajudem na compreensão da maneira correta de serem realizados. Confira.

  1. Cuidado na separação

Essa é a primeira etapa de todo o processo e deve-se tomar muito cuidado. A utilização de luvas é obrigatória e, em alguns casos, o uso de máscaras é recomendado, dando uma segurança adicional. É melhor prevenir do que remediar.

Além disso, também é a etapa do processo onde a tecnologia pode ser muito bem aplicada, já realizando a separação e dando uma origem para os resíduos, colocando menos pessoas em risco. 

Porém, é uma tecnologia um pouco mais cara e é necessário que o hospital tenha o preparo necessário para comportá-la e utilizá-la de forma devida.

  1. Realize o acondicionamento

Como dito anteriormente, todo material é classificado em grupos e, independente se será coletado, incinerado ou eliminado, deve se ter o máximo de cuidado aos profissionais que farão o manuseio na etapa final do processo. 

Isso significa que materiais perfurocortantes e outros que oferecem algum risco ao colaborador devem ser acondicionados, ou seja, não devem simplesmente ser jogados e entregues, mas é necessário oferecer uma condição aos materiais que não coloque em risco a saúde daquele que, no fim, irá manuseá-los.

  1. Acompanhe o tratamento

Uma alternativa para lidar com os resíduos hospitalares, que pode ser verificado e identificado durante o gerenciamento dos mesmos, é a possibilidade de tratamento. Mas não são todos os que oferecem esse tipo de opção.

O mais comum de ser encontrado é a esterilização no caso de componentes perfurocortantes, como agulhas e bisturi, e a incineração no caso de resíduos comuns ou químicos, como o próprio soro hospitalar e outros possíveis derivados.

  1. Elaborar o PGRSS

Como dito anteriormente, a ANVISA é uma das responsáveis por regulamentar e padronizar tais descartes hospitalares, mas outro órgão que é muito importante nessa equação é o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

De acordo com as organizações, e pela lei, todo e qualquer unidade ou entidade que produza qualquer tipo de resíduo hospitalar, precisa elaborar um PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde).

A própria ANVISA disponibiliza um material próprio sobre como elaborar esse plano, já que o mesmo tem a finalidade de melhorar todo o gerenciamento de como é coletado e descartado os resíduos, como é feito sua manipulação, coleta, destino e transporte.

Por se tratar de saúde pública, é de extrema importância levar todos esses passos muito a sério para garantir a segurança de todos aqueles que estão ou frequentam o hospital.

Considerações Finais

O texto de hoje aborda como deve ser o tratamento de resíduo hospitalar, explorando quais os cuidados necessários para lidar com ele e como separá-lo da melhor maneira possível em grupos, visando sempre a segurança e a saúde pública.

Caso ocorram dúvidas sobre como prosseguir, sempre é possível entrar em contato com o site ou alguns membros da organização para conseguir saná-las e agir da melhor maneira possível, conseguindo executar as tarefas sem grandes dificuldades.

Agora que ficou um pouco mais claro sobre como todo o processo funciona, estude o máximo possível e sempre faça tudo que estiver ao alcance para garantir a segurança das pessoas no local, afinal, a saúde sempre deve estar em primeiro lugar.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

Nutricionista Gustavo Schneider

Nutricionista CRN2 8501 - Formado pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e Especialista em Nutrição Esportiva pela Universidade Gama Filho (UGF). Entusiasta do uso de suplementação alimentar consciente e alimentação saudável

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