Estudo analisa alimentação do brasileiro na pandemia
A partir de dados do Nutrinet Brasil, uma pesquisa conseguiu analisar um pouco da alimentação do brasileiro na pandemia.
A ideia é entender o que pessoas de diversas regiões e faixas etárias estão consumindo e, a partir disso, estabelecer relações entre a alimentação e o risco para algumas doenças, como diabetes, obesidade, hipertensão e doenças do coração.
Com os dados analisados e as relações construídas, o Nutrinet Brasil conseguirá identificar os padrões que propiciam melhores condições de saúde para o brasileiro.
O que mudou na alimentação do brasileiro na pandemia?
Considerando os dados colhidos até o momento, o estudo aponta algumas mudanças e estabilidades na alimentação do brasileiro na pandemia.
Frutas, hortaliças e leguminosas
Houve um pequeno aumento, mas bastante significante no consumo de frutas. Antes da pandemia, cerca de 78,3$ dos brasileiros mantinham esse hábito diariamente. Hoje essa média subiu para 87,3%.
O consumo também cresceu para as hortaliças de (87,3% para 89,1%) e leguminosas (de 53,5% para 55,3%).
Alimentos ultraprocessados
Já no quesito ‘alimentos ultraprocessados’, infelizmente houve um pequeno aumento. O maior consumo foi percebido nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, principalmente entre pessoas com escolaridade intermediária e superior.
Quanto as regiões Norte e Nordeste, o consumo de alimentos ultraprocessados aumentou em pessoas com menos tempo de escolaridade.
Esse dado causou uma certa preocupação entre os organizadores do estudo, já que alimentos ultraprocessados são fatores de risco elevado para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão.
Peso corporal
Quanto ao peso corporal, houve ganho em 19,7% dos participantes. O dado também foi notado em sua maioria para pessoas do sexo masculino e pessoas com menor escolaridade.
Os dados também apontam 15,2% dos participantes como pessoas que perderam peso desde o início da pandemia, em fevereiro do ano passado.
Os resultados são bons?
Aparentemente sim. Os pesquisadores explicam que o fato de as pessoas permanecerem em casa mais tempo durante o isolamento social, assim como o fechamento de diversos estabelecimentos de comida rápida, foi um diferencial.
Isso fez com que as pessoas cozinhassem mais refeições caseiras e, consequentemente, mais saudáveis.
Outro fator para muitas melhorias na alimentação do brasileiro na pandemia está na preocupação com a imunidade do organismo. O consumo de frutas e hortaliças, é essencial para aumentar a proteção do corpo contra infecções virais, como é o caso do coronavírus.
Quanto ao pequeno aumento de alimentos ultraprocessados, explica-se pelo fato de a população estar mais ociosa e dentro de casa provocou esse consumo. No entanto, o aumento não chega a 1% e, por isso, não gera uma preocupação maior até o momento.
Já a perda de peso é explicada pelo consumo de alimentos mais saudáveis. Colocar mais frutas e hortaliças na dieta alimentar, gera uma perda de massa considerável e positiva.
Para a parcela que teve aumento na balança, a resposta também é reflexo do estresse gerado na pandemia.
Participe da pesquisa
O Nutrinet Brasil é uma pesquisa aberta. Você pode fazer a inscrição pelo site do estudo e fornecer os seus dados, de acordo com os questionários aplicados.
Agora conta pra gente, seus hábitos alimentares mudaram nesta pandemia? Diz aí nos comentários!