Será que é fome ou é apenas emocional? Veja como descobrir

Fome física e fome emocional: nem sempre é fácil distingui-las. Isso porque o estresse e as emoções negativas alteram a percepção correta de nossos sinais físicos de fome e saciedade.

Ou seja, a fome e a necessidade de comer não são apenas sobre o corpo, muitas vezes a mente também dá vazão a alguns impulsos sobre o apetite que, se não controlados, podem sabotar qualquer esforço feito para perder peso.

Por exemplo, caso você se levante de madrugada para pegar um pão francês congelado para assar e fazer um sanduíche, ou prepare um lanche mais gordo nesses horários fora de hora, pode indicar fome emocional.

No entanto, não é uma regra. Também pode ser indicativo de que você não supriu as necessidades energéticas suficientes no dia anterior.

Mas, no geral, sentimentos como tristeza, raiva, frustração ou decepção podem assumir o controle e gerar a tal da fome emocional. Se não temos as ferramentas e recursos pessoais para lidar com elas, é fácil e tentador recorrer à comida para acalmar o desconforto.

Nesse sentido, manter os hábitos alimentares sob controle , portanto, começa com a saúde emocional e o bem-estar psicológico.

Vamos ver agora a diferença entre os tipos de fome, emocional e física, a fim de te ajudar a identificar e ajudar. Confira!

Resumo deste maravilhoso conteúdo

Humor, comida e peso: quais são as conexões?

Será que, para um curitibano com problemas de fome emocional, estará satisfeito ao pesquisar sobre açaí atacado Curitiba?

Esse é só um exemplo, mas independentemente da região em que você mora, seja você um pernambucano, paranaense ou carioca, por exemplo, é normal pesquisar e ter prazer em ver fotos de comidas e pratos lindos e sobremesas que enchem os olhos.

O que não é normal é ter episódios de ansiedade caso não tenha como comer aquele prato que viu na foto ou vídeo. Comer é a maneira mais fácil e imediata de suprimir ou acalmar as emoções negativas, como medo, estresse, raiva, tédio, tristeza e solidão.

Logo, os principais acontecimentos da vida ou, mais comumente, os problemas da vida cotidiana, podem ativar emoções negativas que induzem a comer emocionalmente e interromper os esforços feitos para perder peso.

Geralmente, esse tipo de fome emocional vem acompanhada de culpa e ansiedade após os episódios de compulsão ou momentos após ter comido algo. Ou ainda, como citado acima, uma ansiedade por não ter aquela comida da foto disponível na despensa de sua casa.

É por isso que é necessário identificar e saber distinguir essas necessidades por alimentos, pois às vezes seu corpo já está suprido, mas a vontade de mastigar ou comer algo faz com que você queira comer mais.

Tudo piora ainda mais quando esses episódios são supridos com alimentos de baixa qualidade e pobre em fibras, principalmente em pessoas que não sabem cozinhar ou não contam com uma cozinheira residencial, que podem acabar comendo esses tipos de alimentos.

O fato é que, esse tipo de fome, a longo prazo, pode afetar a saúde. Logo, a terapia nutricional juntamente com a terapia psicológica entram como medidas de tratamento desses quadros.

Como distinguir a fome real e a fome emocional?

As diferenças entre fome real e fome emocional são claras e óbvias. Se prestarmos atenção aos sinais, será fácil entender com que tipo de fome estamos lidando, mas ainda assim muitas pessoas podem ter dúvidas.

Pensando nisso, vamos explorar agora algumas características distintas entre a verdadeira fome e a fome emocional. Isso nos ajudará a entender melhor esses episódios e aprender a reconhecer os sinais que nosso corpo e nossa psique nos enviam.

Afinal, ninguém precisa viver só de vegetais, mas também ninguém é uma fábrica, depósito de comida ou distribuidora de biscoito de polvilho para comer tantos alimentos refinados assim, pois só trazem prejuízos para a saúde quando ingeridos em excesso.

O equilíbrio faz parte da alimentação saudável e ideal, enquanto que a fome emocional é descontrolada. Veja alguns sinais básicos para distinguir esses dois tipos de fome.

Fome normal ou fisiológica

Os sinais de fome normal, também chamada de fisiológica, são bem claros e caracterizados por:

  • Ela começa e aumenta gradualmente;
  • Tem origem no estômago, já que é uma sensação fisiológica;
  • É possível controlá-la sem muito estresse;
  • É possível selecionar os alimentos certos com consciência.

Ou seja, em suma, a fome normal é controlável, permite uma espera sem gerar grandes desconfortos e são feitas escolhas mais saudáveis com alimentos nutritivos e equilibrados que trazem mais saciedade.

Não é necessário só comer alimentos saudáveis toda hora para ser fome normal, e nem sempre é necessário somente comprar comida em uma empresa de alimentos saudáveis.

No entanto, a vontade por doce na fome normal é algo controlável, opcional, e caso não seja suprido esse desejo, não haverá estresse ou ansiedade por não ter comido. Afinal, é um desejo normal e controlado. Essas características são o cerne de uma fome normal e saudável. 

Fome emocional

Aparece de repente, de um momento para o outro, e esse desejo repentino por comida geralmente vem acompanhado de ansiedade e necessidade de satisfazer a “fome” imediatamente.

Não se origina no estômago, já que não é um sinal fisiológico, ou seja, essa fome se origina na mente como resultado de certas imagens ou representações mentais de alimentos.

Em outras palavras, quando você pensa ou imagina um certo alimento, o impulso se torna tão forte que você perde o controle.

Logo, a ingestão da comida se torna automática e descontrolada, sem medir quantidades ou escolher cuidadosamente os alimentos. É tudo ingerido por impulso, em grandes quantidades e sem uma escolha prévia.

Em geral, alimentos de alta caloria, ultraprocessados, ricos em gorduras e açúcares e com pouco valor nutricional são as escolhas durante essa fome emocional. Esses alimentos, além de prejudiciais, não nos satisfaz ou fazem isso por períodos muito curtos de tempo.

Ou seja, ninguém com fome emocional ataca uma salada, ou se torna um devorador de frutas, ou vai em um atacadista de peixes para comprar uma grande quantidade e comer de uma vez só. São sempre escolhas erradas de alimentos, repletos de calorias ruins. 

Como prevenir a fome emocional?

Então, certamente ficar pesquisando na internet sobre alimentos saudáveis, ter foco na alimentação com mantimentos que dão sustância, fazer uma lista de compras de produtos orgânicos ou pesquisar sobre pão de forma integral preço não vai adiantar em nada.

É preciso tomar atitudes e de fato querer realizar ações mais saudáveis em sua alimentação para alcançar um equilíbrio com a comida. Por outro lado, ficar vendo comidas saborosas e sobremesas super achocolatadas só vai piorar a possibilidade de desenvolver mais desejos por doces. Veja dicas práticas e importantes para ajudar você a prevenir a fome emocional:

Mantenha um diário alimentar

Anote o que você come, quanto e quando come, como você se sente quando faz isso e quanta fome você tem (fome física, ou seja, quando sentimos o estômago vazio).

Com o tempo você pode ver maneiras que revelam a conexão entre emoções, humor, quantidade e qualidade dos alimentos.

Só não precisa criar um tipo de “toc” com isso, ou só pensar em comer saudavelmente, ou ficar pesquisando tudo sobre comida saudável, adotar uma nova filosofia alimentar e pesquisar sobre fabrica de produtos veganos, por exemplo.

É somente um diário para você mesmo se conhecer, conhecer suas emoções e começar a ter mais controle sobre elas. Lembre-se que o equilíbrio é o cerne da boa alimentação, e não os extremos, sejam eles quais forem.

Aprenda a ouvir seu estômago

Imagine o estômago como um balão inflável, pergunte-se quanto tempo passou desde a última refeição e sinta se o estômago está cheio, meio cheio ou vazio.

Se você comeu recentemente e se sente vazio, não coma imediatamente, mas ouça qual emoção você está sentindo: pode ser um vazio emocional , mas não fome física, que não é preenchida comendo, mas dando um nome a essa emoção e tentando processá-lo.

Domine seu estresse

Se o estresse contribui para o seu apetite emocional, tente uma técnica de gerenciamento de estresse, como ioga, meditação, uma atividade física satisfatória ou respiração profunda. Pergunte a si mesmo se sua fome é real ou se vem da necessidade de aliviar o estresse.

Peça por ajuda

É mais provável que você sucumba à fome emocional se não tiver uma rede de apoio adequada. Procure ajuda médica, psicológica e nutricional caso identifique qualquer transtorno alimentar.

É essencial nesses momentos caminhar junto com um especialista que o aponte para o caminho correto, principalmente que o ajude a estar ciente do seu mundo emocional, que às vezes deixamos de ouvir.

Combata o tédio

Tente ao máximo não entrar em períodos de ociosidade, pois ficamos mais propícios a vícios e tentações, como comer demais.

Assim que sentir fome emocional, vá caminhar com seu cachorro, ou caminhar sozinho, ouvir música, ler, dar um passeio, assistir um filme, ligar para um amigo ou marcar um encontro com amigos da faculdade.

Ou seja: ocupe sua mente com momentos bons, saudáveis e prazerosos.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

Nutricionista Gustavo Schneider

Nutricionista CRN2 8501 - Formado pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e Especialista em Nutrição Esportiva pela Universidade Gama Filho (UGF). Entusiasta do uso de suplementação alimentar consciente e alimentação saudável

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